18 de Outubro: Celebrando a Arte de Curar e Seus Incansáveis Guardiões

18 out 2025. | Publicações

É com um misto de profunda reflexão e emoção que nos dedicamos a celebrar uma das profissões mais essenciais e humanas: a medicina. A cada 18 de outubro , o Dia do Médico nos convida a pausar, reconhecer e homenagear aqueles que, com sua ciência e humanidade, transformam vidas e são pilares fundamentais na construção de uma sociedade saudável. Mais do que uma data no calendário, é um convite à valorização de profissionais que, com sua dedicação incansável, nos oferecem esperança e cuidado.

A escolha do 18 de outubro para celebrar o Dia do Médico não é meramente arbitrária; ela se aprofunda nas raízes da história da medicina e da espiritualidade. Esta data honra a festa de São Lucas, o evangelista, que é tradicionalmente reconhecido como o patrono dos médicos. Sua conexão com a arte da cura não é apenas uma lenda piedosa; textos históricos o descrevem como um médico de Antioquia, na antiga Síria, uma das grandes cidades do mundo helenístico da época, conhecida por seus avanços culturais e científicos.

A tradição que o liga à medicina é reforçada pelas detalhadas descrições médicas presentes em seu Evangelho e nos Atos dos Apóstolos, revelando um olhar clínico apurado e uma sensibilidade para os aspectos da saúde e do sofrimento humano. A veneração a São Lucas como patrono dos médicos floresceu a partir do século XV, quando instituições de ensino superior, como as renomadas Faculdades de Medicina na Europa – a exemplo de Pádua, na Itália – começaram a inaugurar seus anos acadêmicos precisamente em 18 de outubro, firmando simbolicamente essa profunda conexão entre a fé, a ciência e a data.

No Brasil, a formalização do Dia do Médico em 18 de outubro é um tributo ao esforço e dedicação do Dr. Eurico Branco Ribeiro. Nascido em 1902, este médico paranaense, que se formou pela Faculdade de Medicina de São Paulo em 1927, não só atuou como professor de cirurgia, mas também fundou o Sanatório São Lucas. Sua profunda fé cristã e seu minucioso interesse pela vida de São Lucas o levaram a pesquisas que culminaram na consagração e oficialização desta data para homenagear os médicos em todo o território nacional, tecendo a história antiga com a identidade profissional brasileira.

Nos dias atuais, o Dia do Médico transcende a homenagem histórica e nos convida a celebrar a profissão em sua complexidade e vitalidade contemporânea. É um momento para:

  • Reconhecer a Dedicação Incansável: Médicos estão constantemente na linha de frente, muitas vezes sacrificando tempo pessoal e familiar para estar ao lado de seus pacientes. Eles são o ponto de apoio em momentos de fragilidade, a voz da razão em crises e a mão estendida que oferece alívio e esperança.
  • Valorizar a Evolução Constante: A medicina é um campo de incessante progresso. Cada nova descoberta, cada avanço tecnológico, exige que os profissionais estejam em contínua atualização, buscando conhecimento e aprimoramento para oferecer os melhores tratamentos.
  • Refletir sobre os Desafios: A profissão impõe pressões intensas, longas jornadas e a imensa responsabilidade de lidar com a vida humana. É fundamental reconhecer e apoiar esses profissionais em um contexto de crescentes demandas.
  • Fortalecer a Relação Médico-Paciente: A humanização da medicina e a construção de uma relação baseada na confiança, respeito e empatia são mais cruciais do que nunca. O cuidado holístico, que enxerga o paciente além da doença, é a base para um tratamento eficaz e para o bem-estar integral.

 

O Legado que Inspira e uma pequena Homenagem

Hoje, minha homenagem se intensifica ao lembrar de dois guardiões da vida que partiram, mas cujo legado ressoa em cada fibra do meu ser: meu querido pai, Dr. Carlos Tapajóz , e meu amado tio, Dr. Agostinho Rodrigues de Lima . Suas vidas foram exemplos luminosos de serviço e amor ao próximo, e suas ausências, sentidas profundamente, são preenchidas pela inspiração que eles deixaram.

Meu pai, o Dr. Carlos Tapajóz, era um clínico geral de alma. Sua paixão era dedicar-se aos pacientes mais humildes do SUS, trabalhando incansavelmente em prefeituras de diversas cidades. Ele viajava por longas distâncias para garantir que comunidades carentes tivessem acesso a cuidados médicos de qualidade. Mais do que prescrever, ele ouvia; mais do que diagnosticar, ele acolhia. Sua abordagem humanizada e seu compromisso inabalável com a saúde pública fizeram dele uma figura querida e respeitada por todos, um verdadeiro médico de coração, apesar de ser humano e também cheio de erros, sendo um deles o não cuidar de si próprio.

Já meu tio, o Dr. Agostinho Rodrigues de Lima , era um ginecologista competente que nutria um amor profundo por sua comunidade e seu trabalho. Fiel e dedicado incansavelmente às suas pacientes , ele vivia a medicina com o coração. Para ele, cada mulher atendida era mais que uma paciente; era uma vida a ser zelada, uma história a ser ouvida. Sua presença era uma fonte de conforto e segurança, e seu legado de cuidado e dedicação continua a inspirar todos que o conheceram, trouxe ainda ao mundo muitas e muitas crianças.

Aos Drs. Carlos Tapajóz e Agostinho Rodrigues de Lima, nossa eterna gratidão. Vocês não apenas trataram doenças, mas também tocaram almas, deixando um rastro de amor e dedicação que transcende o tempo.

Esta homenagem se estende a todos os médicos, amigos e amigas que conheço, que, como meu pai e meu tio, abraçam a medicina com o coração. Seja na linha de frente de hospitais, em consultórios ou em comunidades remotas, esses profissionais enfrentam desafios diários com coragem e compaixão. Seu trabalho é essencial para a promoção da saúde e do bem-estar da sociedade, e sua dedicação merece nosso mais profundo respeito e admiração.

O legado deixado por profissionais médicos competentes é um farol que guia e inspira as futuras gerações de médicos e profissionais de saúde. Suas ações nos lembram que, na medicina, o conhecimento técnico deve caminhar lado a lado com a empatia e o amor ao próximo. Que suas histórias continuem a moldar uma prática médica mais humana, compassiva e verdadeiramente curadora.

Em memória do Dr. Carlos Tapajóz e do Dr. Agostinho Rodrigues de Lima, e em homenagem a todos os médicos que dedicam suas vidas ao cuidado dos outros, expresso meu mais profundo respeito e gratidão. Que suas vidas sejam sempre lembradas como exemplos de dedicação, amor e serviço à humanidade na profissão médica.

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